terça-feira, 17 de junho de 2008


Esfumam-se as horas enquanto eu espero um regresso,

o fim do vazio que deixaste dentro de mim.

Volta, tira-me do pesadelo em que me deixaste.

Volta, molda-me à tua imagem, faz do meu corpo romaria dos teus desejos.

Não te percas noutros braços porque são os meus que te aguardam.

Esfuma-se o tempo,

Esfuma-se a esperança,

Esfuma-se a tua imagem.


sexta-feira, 23 de maio de 2008


rasuro então o tempo
e réstias de um Luar
crescente (em beleza)
acompanha-me o son(h)o

[que este dia traga momentos de felicidade]

quarta-feira, 14 de maio de 2008




Vivi tanto tempo fora de mim que me esqueci que por dentro havia vida; um universo que me deste a descobrir.

domingo, 4 de maio de 2008



Amo-te mãe

terça-feira, 18 de março de 2008


Faz-me teu de novo. (...)
Fala, diz que soubeste logo, que eu seria assim.
Que amaria o amor, diz que sou o teu único amor, podes dizer-me isso? (…)
É isso que deves dizer-me.
Quando deixamos de dizer e fazer, quando deixamos de procurar, encontrar e agarrar, então há desperdícios, que não voltam a ser cobertos de novo, vai tudo na torrente, na força do nada a que nos entregamos.
Não te envergonhes (…)
Procura-me de novo.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Não me amas eu sei, não voltes a repeti-lo.
Cansas-te de o dizer sempre que tento beijar-te a boca, tentação aos meus pecados.
Da próxima vez não vou só olhar-te,aperto-te,faço-te minha.
Quero-te seja de que forma for e se para te ganhar tiver que te ferir,
habitua a ferida porque a partir de hoje és minha.

quarta-feira, 5 de março de 2008


De algemas desfeitas
Danças, rodopias em busca de certezas
Mesmo as mais loucas, abismais ou poucas
em todas, tu te encontras.
Presença marcante,
Intensa!
soltas as palavras e ensaias uma dança,
Rodopias segredos, volúpias
Não vacilo, não tenho medo
Abro as portas e comportas
ás palavras escondidas no meu peito
e danço nos teus braços versos que tento compor
letras rabiscadas em teu louvor.
Num sonhar vagaroso a nossa pele estremece,
a química acontece
É a combustão da paixão!
Olhos fitando a imensidão
do teu cheiro do teu beijo
Que arrebata o meu desejo

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008


Teci um véu de estrelas colhidas no teu olhar
E cresci numa ilusão de luas em Quarto Crescente.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008


O teu calor, fez-me esquecer a ferida imposta pelo meu triste passado.
O teu carinho fez-me renascer , ver o mundo com olhos de ver.
Inicialmente pensei ser meramente a minha solidão, que se rendia ao teu jeito meigo de ser.
Mas tu és maior do que imaginei.
És quem aos poucos me faz amar as poucas letras do teu nome.
Letras que agora faltam neste livro que escrevo, porque não me queres da mesma forma que eu te quero.
_Se eu pudesse amar-te era a ti que eu escolhia_ dizes-me com ar desgostoso de quem diz sempre a verdade.
Não me importo que não me ames!
Não me importo , porque o que estou a descobrir contigo é tão grande, que me basta.Onde estás?Perto?
Não me fujas !
Diz-me que não somos um caso perdido.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Louca

Soltas as alças do vestido negro que cai aos teus pés
como um manto de rainha.
Sublimes, todos os gestos!
Sorris, coras. Nunca te imaginei tímida, imensa de luz, despida, linda.
Perante a tua beleza, fico exposto ao desejo poético que me causa a tua nudez.
Marco-te no ventre um novo caminho para que a ele eu possa voltar.
É a hora do lobo.
_Atrais-me, Desejo-te, Amo…
Repeles a palavra «amo-te», no tropeço de um beijo
Não percebo a reacção, porque me apercebo de que te amo.
Confronto-te! Tu, foges.
Nua corres.
Não me queres. Ou queres e não me amas
Louca!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Princesa da Lua

Hoje de manhã não abri a janela
(não pelo frio)
Saí de surpresa,
(perdido andei pelas ruas)
E de surpresa vi o dia: Estava lindo!
(vieste-me à cabeça)
Com tamanha beleza, fiquei com vontade
(de afagar os teus cabelos loiros)
De mudar a minha meteorologia interior.
(centrando-me na metereologia do teu coração)
Estações internas, em que tu és sempre Primavera.
(Tu)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Mãos


Existem mãos que sustentam todas as formas de vida sensível, onde quer que se encontrem neste universo infinito.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008




A efemeridade de tudo aquilo que por mim passa, que por mim se foi
como uma pétala a flutuar no vento de Outono,
é tão vincada que nem o ferro da consciência
a consegue recuperar

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Um Prémio


Nunca achei poder ser merecedor de nenhuma atribuição de prémio por isso não fiquem admirados com a minha surpresa ao receber das mão da "olhinhos" o prémio" ESCRITORES DA LIBERDADE". Segundo percebi tenho que entregar este prémio a mais 5 blogs que eu acredite serem merecedores, então lá vai.

Maria *o Cheiro da Ilha*

Ana Luar *Ana Luar*

Um momento *um Momento*

Mimo-te *Mimo-te*

Gasolina *Arvore das Palavras*

domingo, 6 de janeiro de 2008

Porquê?


Onde estás? Aparece, não fujas.
Quero dizer-te que te adoro.
Mais do que alguma vez adorei.
Mais do que imaginei adorar.
E em cada palavra que falas, o meu coração abre-se para ti,em segredo.
Porquê?
Porquê?
Porque tem de ser em segredo?
Porque temos de ter medo de amar?
Porque não dizemos o que queremos?
Ficam tantas palavras por dizer.
Tantos gestos.
Tantos olhares.
Deixa-me dizer-te tudo o que desejo.
Deixa-me fazer-te acreditar que te digo a verdade, que não sou apenas mais um.
Porque não podemos pelo menos uma vez na vida fazer as coisas bem feitas?
Somos livres podemos amar-nos, podemos ser tudo um para o outro.
Permite que te mostre o outro lado do amor.

Um sonho


Sempre ouvi dizer que para nos tornar seres completos era preciso escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Meu pai, que era engenheiro, acrescentava: construir uma casa. Escrevi livros, 4 para ser exacto,tenho um filho e plantei uma árvore, no jardim da casa onde cresci, mas nunca construí uma casa.
Sonho com isso.
Gostaria de construir uma casa de taipa, com as próprias mãos, amassar o barro, atirar o barro nos enxaiméis e fasquias de madeira. Não se trata de uma idiossincrasia, nem de um gesto poético, muito menos uma visão religiosa. A taipa é um material apaixonante. Tem uma nobreza histórica.
A casa de taipa nasce do chão, vem da natureza, é construída com o material que está ali, a terra e as árvores e tem uma grande contribuição a dar a um país que não oferece moradia para todos, como o Brasil. O projeto de casas populares, que Cydno afinal desenvolveu, ensina o homem a construir sua própria casa e a cuidar dela. Tem o sentido de manter viva a sabedoria popular da taipa. Está sendo feita uma experiência na cidade de Bayeux, Paraíba, para treinamento de pessoas no projeto, construção, melhoria e restauração de edificações em taipa de pau-a-pique. Não recebendo a casa pronta, mas construindo-a, o dono toma por ela mais amor. Se for privado de sua terra, ele saberá construir uma nova habitação. O saber lhe pode servir como meio de vida, e a profissão tem um nome: taipeiro.
Na taipa não há desperdício de material e nem agressão ecológica, a madeira usada nas estruturas é em quantidade cinco vezes menor do que a necessária na queima de tijolos para uma parede das mesmas dimensões. “A tomada de consciência ecológica, surgida como uma ponte de luz no extremo mais estreito do túnel da crise de energia, vai servindo para provar-nos que nem sempre o habitat humano está condenado a ser feito de concreto, aço e vidro. Assim, quando tudo em arquitetura parecia dirigir-se para uma negação sempre maior da natureza que volta a oferecer uma saída diante das agruras da crise. E o faz com aquilo que lhe é primeiro e essencial, a terra, o elemento mais fecundo de tudo o que nos cerca.