terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Mãos


Existem mãos que sustentam todas as formas de vida sensível, onde quer que se encontrem neste universo infinito.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008




A efemeridade de tudo aquilo que por mim passa, que por mim se foi
como uma pétala a flutuar no vento de Outono,
é tão vincada que nem o ferro da consciência
a consegue recuperar

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Um Prémio


Nunca achei poder ser merecedor de nenhuma atribuição de prémio por isso não fiquem admirados com a minha surpresa ao receber das mão da "olhinhos" o prémio" ESCRITORES DA LIBERDADE". Segundo percebi tenho que entregar este prémio a mais 5 blogs que eu acredite serem merecedores, então lá vai.

Maria *o Cheiro da Ilha*

Ana Luar *Ana Luar*

Um momento *um Momento*

Mimo-te *Mimo-te*

Gasolina *Arvore das Palavras*

domingo, 6 de janeiro de 2008

Porquê?


Onde estás? Aparece, não fujas.
Quero dizer-te que te adoro.
Mais do que alguma vez adorei.
Mais do que imaginei adorar.
E em cada palavra que falas, o meu coração abre-se para ti,em segredo.
Porquê?
Porquê?
Porque tem de ser em segredo?
Porque temos de ter medo de amar?
Porque não dizemos o que queremos?
Ficam tantas palavras por dizer.
Tantos gestos.
Tantos olhares.
Deixa-me dizer-te tudo o que desejo.
Deixa-me fazer-te acreditar que te digo a verdade, que não sou apenas mais um.
Porque não podemos pelo menos uma vez na vida fazer as coisas bem feitas?
Somos livres podemos amar-nos, podemos ser tudo um para o outro.
Permite que te mostre o outro lado do amor.

Um sonho


Sempre ouvi dizer que para nos tornar seres completos era preciso escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Meu pai, que era engenheiro, acrescentava: construir uma casa. Escrevi livros, 4 para ser exacto,tenho um filho e plantei uma árvore, no jardim da casa onde cresci, mas nunca construí uma casa.
Sonho com isso.
Gostaria de construir uma casa de taipa, com as próprias mãos, amassar o barro, atirar o barro nos enxaiméis e fasquias de madeira. Não se trata de uma idiossincrasia, nem de um gesto poético, muito menos uma visão religiosa. A taipa é um material apaixonante. Tem uma nobreza histórica.
A casa de taipa nasce do chão, vem da natureza, é construída com o material que está ali, a terra e as árvores e tem uma grande contribuição a dar a um país que não oferece moradia para todos, como o Brasil. O projeto de casas populares, que Cydno afinal desenvolveu, ensina o homem a construir sua própria casa e a cuidar dela. Tem o sentido de manter viva a sabedoria popular da taipa. Está sendo feita uma experiência na cidade de Bayeux, Paraíba, para treinamento de pessoas no projeto, construção, melhoria e restauração de edificações em taipa de pau-a-pique. Não recebendo a casa pronta, mas construindo-a, o dono toma por ela mais amor. Se for privado de sua terra, ele saberá construir uma nova habitação. O saber lhe pode servir como meio de vida, e a profissão tem um nome: taipeiro.
Na taipa não há desperdício de material e nem agressão ecológica, a madeira usada nas estruturas é em quantidade cinco vezes menor do que a necessária na queima de tijolos para uma parede das mesmas dimensões. “A tomada de consciência ecológica, surgida como uma ponte de luz no extremo mais estreito do túnel da crise de energia, vai servindo para provar-nos que nem sempre o habitat humano está condenado a ser feito de concreto, aço e vidro. Assim, quando tudo em arquitetura parecia dirigir-se para uma negação sempre maior da natureza que volta a oferecer uma saída diante das agruras da crise. E o faz com aquilo que lhe é primeiro e essencial, a terra, o elemento mais fecundo de tudo o que nos cerca.